Continuamos com a série o que a bíblia diz sobre...
Pastor, Presbítero e Bispo
No contexto do Novo
Testamento, os termos pastor, presbítero e bispo, incrivelmente descrevem os
mesmos servos. Trata-se de líderes atuando em igrejas locais, cuidando do
rebanho de Deus, a Igreja de Cristo (Atos 20.17,28; 1ª Pedro 5.1-3; Tito
1.5-7). As várias palavras, mesmo diferentes, identificam os mesmos homens, mas
é importante entender que cada palavra tem seu próprio significado. Essas
variações de sentido ajudam a mostrar aspectos diferentes do trabalho dos
ministros que cuidavam de uma congregação.
Para uma
compreensão bem definitiva, irei apresentar os significados desses termos,
dentro de uma ordem cronológica de surgimento e uso comum nos tempos bíblicos, iniciamos pela nomenclatura: Pastor:
à O Pastor – As primeiras vezes que
aparecem o termo pastor na Bíblia se referem a alguém cuidando de um rebanho
(Gn. 13.7; Gn. 13.8; Êx. 2.17). Mas a partir do registro do 1º livro dos Reis
22.17 em diante, o nome é usado como forma figurativa para expressar situações
referentes ao cuidado: “Então
disse ele: Vi a todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não têm
pastor; e disse o Senhor: Estes não têm senhor; torne cada um em paz para sua
casa”.
O salmista Davi, o
mais expressivo pastor de ovelhas das Escrituras também fez uma belíssima
comparação: “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará” (Sl. 23.1ss), que revendo no escrito original quer
dizer: O Senhor é pastor meu, e de nada sentirei falta.
Concluímos então
que a figura do Pastor no Antigo Testamento não estava ligada à uma autoridade
espiritual, visto que nessa esfera se destacavam sacerdotes, profetas e outros
levantados pelo Senhor. O pastor de fato era
alguém responsável para cuidar do rebanho, que a partir da Antiga Aliança,
não eram pessoas e sim animais. Mas o termo figurativo ficou marcado, pois fora
dito pelo Senhor até mesmo no Pentateuco (Nm. 27.17).
Quando chegamos ao
cenário histórico do Novo Testamento vemos os líderes sendo chamados para “pastorear” o rebanho de Deus. E essa
nomenclatura passou a ser usada justamente por causa das próprias palavras de
Cristo, quando usando a figura de metáfora, disse de Si mesmo: “Eu sou o
bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o mercenário, e o
que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as
ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas. Eu sou o bom
Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido”. (Jo. 10.11-14).
Jesus usou a comparação por que sabia muito bem acerca do
cuidado do pastor com as ovelhas nos campos. Ser pastor a partir daquele
momento, na visão bíblica e neotestamentária, significava cuidar de vidas da mesma forma que Cristo demonstrou no cuidado e
ensino no seu ministério na terra. Ele consolou pessoas, guiou,
orientou, pregou, cuidou da alma ferida e alimentou multidões.
Foi humilde perdoando, lavando os pés dos discípulos para mostrar exemplo, Jesus
ensinava da forma mais eficaz possível, usando uma metodologia de ensino utilizando
seus meios e cultura, se era para falar para o povo, utilizava o meios ao redor
deste povo, a agricultura (“e o semeador
saiu a semear...) a pesca (“e disse Jesus:
"Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens”), enfim, ensinava o povo na sua linguagem, Sua visão era
educacional, fazer com que as pessoas não saíssem de seus sermões sem entender
o que estava sendo ensinado alí, com relação as pessoas presentes Jesus tinha
sempre em mente um objetivo, o cuidado e o amor, protegendo e dando a sua vida pelas mesmas.
Essas são características não apenas dos pastores, mas de qualquer pessoa que
tenha a responsabilidade de cuidar do rebanho do Senhor.
Analisando então o que foi dito aqui, não tenho como não
fazer alguns questionamentos e deixar para que vocês reflitam. Se Jesus, o bom
pastor cuidava e ensinava da forma mais clara possível, por que nossos “pastores”
atuais insistem tanto em repassar seus sermões com palavras difíceis, num português
tão “polido” que muitas vezes nem eles mesmos entendem o que falam... imagina o povo mais simplório, levo comigo um pensamento
que espero não abandoná-lo: “o capim tem que estar sempre a altura da boca das
ovelhas, e tem que ser regado continuamente, a medida que ele vai ficando mais
alto a ovelha também se acostumará a buscar pastos mais altos e mais densos,
vai sempre procurar algo melhor e saber discernir o bom pasto e o ruim. Fica aqui
um conselho de um jovem pensador: Pastores... procurem conhecer suas ovelhas,
entender suas necessidades, suas deficiências, suas qualidades... ame-as
profundamente, e amar não quer dizer que você tenha que almoçar todo domingo na
casa delas, dar presentes, bajular... amar é também saber dizer não quando
necessário, é dar atenção e saber que pode contar com você nas horas boas e
principalmente nas ruins, enfim, é entender que
a igreja (congregação) é um lugar onde o seu José que é pedreiro, lá não é só o
seu José do canteiro de obras da construção civil, mas é o obreiro, diácono,
presbítero José, é neste lugar que ele se sente importante, assim nos poderemos
dizer que o Senhor ama realmente seus filhos, e que este é um filho de Deus,
que tem seu valor!
Um grande Abraço e espero que tenha ajudado! na próxima postagem: Presbítero, quais suas funções e serviços?
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